
Jefferson Batista
Você já ouviu falar em People Analytics? Talvez esse termo ainda pareça técnico demais, mas ele está cada vez mais presente na rotina dos profissionais de Recursos Humanos.
A boa notícia é que não é preciso ser um especialista em dados para começar a aplicar essa abordagem. O segredo está em entender como os dados podem ajudar você a tomar as melhores decisões sobre as pessoas da sua empresa.
Com o People Analytics, é possível entender melhor o comportamento dos colaboradores, identificar padrões e antecipar tendências.
Isso significa que o Recursos Humanos pode agir de forma proativa, promovendo melhorias no clima organizacional, aumentando a produtividade e reduzindo a rotatividade.
Mas atenção: mesmo que os dados ajudem a dar mais base às decisões, eles não mostram tudo. O contexto, a sensibilidade e a intuição continuam sendo importantes.
Neste artigo, você vai entender o que é People Analytics, como aplicar essa metodologia na sua rotina e quais dados realmente valem a pena acompanhar. Tudo isso para ajudar você a transformar a forma como sua empresa cuida das pessoas. Vamos nessa?
O que é People Analytics e por que ele está mudando a gestão de pessoas?
People Analytics é o uso de dados e análises para compreender, prever, identificar padrões, tomar decisões mais estratégicas, e melhorar a gestão de pessoas.
Isso não significa abandonar o olhar humano, mas sim complementá-lo com informações mais confiáveis, que ajudam a sustentar decisões importantes. Afinal, quando bem utilizados, os dados podem ampliar a visão do RH.
Assim, essa abordagem transforma percepções subjetivas em ações concretas. Por exemplo, ao identificar um aumento nas faltas de um setor específico, o RH pode investigar as causas e implementar soluções antes que o problema se agrave.
Empresas que já adotam o People Analytics costumam perceber ganhos importantes, como mais clareza para definir metas, agilidade na resolução de problemas e uma liderança mais preparada para lidar com a gestão de pessoas da sua equipe.
Quais dados o RH pode (e deve) monitorar para tomar decisões estratégicas?
Tudo começa com o acompanhamento dos dados certos. Quer começar a aplicar People Analytics no dia a dia? Veja alguns exemplos:
- Taxas de turnover (rotatividade) e absenteísmo (faltas e atrasos): ajudam a identificar riscos na retenção de talentos e possíveis problemas no ambiente de trabalho.
- Indicadores de engajamento e produtividade: revelam o nível de motivação das equipes e a eficiência dos processos.
- Acompanhamento de metas individuais e por equipe: permite avaliar o desempenho e identificar áreas que necessitam de suporte.
- Dados de recrutamento: tempo médio para preenchimento de vagas, aderência dos candidatos à vaga e taxa de aprovação em fases seletivas.
- Avaliações de clima e desempenho: que mostram o quão alinhados os colaboradores estão com a cultura organizacional e os objetivos da empresa.
Esses são alguns dos indicadores estratégicos de RH que servem como base para tornar o setor mais analítico e eficiente.
Aliás, se você quer aprofundar seu conhecimento sobre como tornar seu Departamento Pessoal mais eficiente, confira o artigo 6 Estratégias para Departamento Pessoal: como tornar a sua empresa mais eficiente. Ele mostra como aplicar ações práticas que melhoram resultados e reduzem retrabalho.
5 aplicações práticas de People Analytics na rotina dos líderes de RH
Agora que você já entendeu os principais dados que o RH pode acompanhar, vamos ver como usar essas informações na prática?
- Antecipação de desligamentos e retenção de talentos com uso de analytics: ao identificar padrões que precedem pedidos de demissão, o RH pode agir preventivamente para reter talentos.
- Análise do clima organizacional com base em dados reais: pesquisas de clima e feedback contínuos fornecem informações valiosas para melhorar o ambiente de trabalho.
- Mapeamento de competências e gaps de performance: ajudam a identificar necessidades de treinamento e desenvolvimento, alinhando as habilidades dos colaboradores às demandas da empresa.
- Previsão de demandas de recrutamento: analisando tendências de crescimento e movimentações internas, o RH pode se antecipar às necessidades de contratação.
- Apoio em decisões de promoções e realocações internas: com base em dados de desempenho e potencial, é possível tomar decisões mais justas e alinhadas aos objetivos organizacionais.
Essas práticas ajudam a construir uma atuação de RH estratégica com dados, tornando as decisões mais confiáveis e menos arriscadas.
Mas vale lembrar que os indicadores nunca mostram a história toda. Usar bem os dados também exige sensibilidade, escuta ativa e um olhar atento para as pessoas por trás dos números.
Como começar a implementar People Analytics no seu RH
Colocar o People Analytics em prática exige planejamento, mas é possível começar com iniciativas simples que se encaixam gradualmente na rotina do RH.
Etapa 1: Estruture os dados.
Antes de pensar em relatórios e indicadores, o primeiro passo é reunir todas as informações que você já possui. Registros de desempenho, índices de absenteísmo, resultados de feedbacks internos… Tudo isso forma a base de dados necessária para análises mais consistentes.
Uma estruturação bem feita auxilia para que as futuras decisões sejam tomadas com base em informações reais e confiáveis.
Etapa 2: Construa indicadores que façam sentido para o negócio
Depois de organizar os dados, é hora de transformar essas informações em indicadores relevantes. Escolha métricas que realmente façam sentido para os desafios e metas da sua empresa.
A partir delas, defina seus KPIs (Key Performance Indicators – indicadores-chave de desempenho), sempre garantindo que estejam conectados aos objetivos estratégicos e às necessidades de gestão.
Etapa 3: Escolha ferramentas que gerem visualizações e insights claros
Ter os indicadores certos é apenas parte do processo. Para facilitar a análise e o acompanhamento dos resultados, é essencial contar com ferramentas que transformem dados em visualizações simples e intuitivas.
Com elas, você consegue identificar padrões, acompanhar a evolução de cada indicador e compartilhar as informações com diferentes áreas de forma rápida e visual.
Etapa 4: Crie uma cultura de decisões baseadas em evidências
Incentive líderes e equipes a utilizarem dados nas tomadas de decisão, mas promova também o diálogo, a escuta ativa e o entendimento contextual de cada situação.
Dados funcionam como um farol, não como piloto automático. Quando usado com equilíbrio, ele potencializa a gestão de pessoas, sem reduzir os colaboradores a métricas.
O uso de dados para tomada de decisão no RH não precisa ser complicado. Comece simples, escolha indicadores que façam sentido e, com o tempo, você vai perceber os resultados no clima da empresa, no desempenho dos times e até nos custos operacionais.
Na Keevo, acreditamos que tecnologia e gestão de pessoas devem caminhar juntas. Por isso, desenvolvemos soluções que ajudam o seu Departamento Pessoal e Recursos Humanos a tomar decisões mais estratégicas e alinhadas com as necessidades do negócio.
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